Falta de tempo!

A falta de tempo é algo que incomoda muita gente. A verdade é que, hoje em dia, queixamo-nos de que o tempo não dá para nada e que passamos a maior parte do dia sempre a correr. Chegamos ao fim do dia esgotados. Uns dias, temos a nítida sensação de que tudo o que podia ter corrido mal, de facto, correu! Às vezes, ficamos com a impressão que as coisas até correram bem! Mas, seja qual for a situação, o tempo escasseia sempre e verificamos que ainda deixámos tarefas e obrigações por cumprir e que, mais uma vez, ficámos sem tempo ou sem disposição para aquilo que mais gostamos de fazer! Uma situação indesejável e que, muitas vezes, não depende, apenas, de nós uma mudança de atitude para melhorar. Então, queixamo-nos, lamentamo-nos, lastimamo-nos e choramos!

Actividades de prazer!

A solução é aceitar que a vida também é feita de situações indesejáveis e procurarmos algo agradável para fazer. Ocupações, às quais nos entregaremos de livre vontade, seja para repousar, seja para nos divertirmos, recrearmo-nos e entretermo-nos, ou ainda para desenvolver a nossa informação e formação de uma forma desinteressada, a nossa participação social voluntária ou a nossa livre capacidade criadora depois de nos desembaraçarmos das obrigações profissionais, familiares e sociais.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

São rosas

Na Biblioteca Municipal de Oliveira de Azeméis, esteve uma exposição dos trabalhos sobre o concurso « Tu fazes parte». Um concurso organizado por mim na biblioteca da escola onde exerço as minhas funções. Os trabalhos expostos eram corações feitos em diversos materiais. Também participei com um coração pintado numa tela.
Uma das meninas que trabalha na Biblioteca Municipal, viu o «meu coração» e gostou!
Aproveito a oportunidade para conhecerem o coração que pintei:




Foi assim que ela ficou a saber que, nas minhas horas livres, pinto! Fez-me um pedido.
- «Não se importa de me pintar um quadro com rosas?»- perguntou-me ela.
Ela tinha uma imagem de que gostava muito e pediu-me que eu pintasse algo semelhante àquela imagem! Um desafio!
Pintei estes dois! Agora só espero que ela goste!. Amanhã, dia 17, vou dar-lhe a conhecer e saber a decisão dela. Depois digo-vos, ok?

quarta-feira, 13 de junho de 2012

S. Valentim II

Este foi o 2º quadro pintado sob a influência dos afetos e do S. Valentim.

S. Valentim I

Influenciada por um conjunto de atividades, dinamizadas na biblioteca da escola, sobre os afetos e o Dia de S. Valentim, apeteceu-me pintar corações! Este foi o primeiro.

Um carrinho de mão


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Fui a casa de um casal amigo e vi um carrinho de mão muito bonito. Cheguei a casa e disse ao Vitor que ia tentar arranjar um carrinho de mão. Talvez houvesse algum agricultor que tivesse um velho do qual se quisesse desfazer!
Os meus pensamentos foram interrompidos pelo Vitor, dizendo-me:
«- Eu posso fazer um, se quiseres!»
Claro que aceitei logo.
Foi este carrinho de mão que o Vitor fez e que se transformou num presente para o Dia da Mãe. Está na «quinta» em Macinhata da Seixa.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A velhice

Talvez por estar a ficar «velha» ou por ouvir tantas notícias sobre os velhos que morrem sozinhos, apeteceu-me escrever algo sobre a velhice!

Decadência!

Experiência! Como é que alguém pode ser decadente, quando tem uma riqueza tão grande de vida?!

Declinação!

Aceitação! Ser velho é aceitar a vida como ela é sem ser vítima. É aceitar que a vida precisa de mudanças mas também necessita de manutenção, sem estar sempre em mudança. É aceitar o que há de melhor nestas duas polaridades da vida. Saber fazer isto, é um descanso. Não é uma declinação!

Inquietude!

Serenidade! Diz o filósofo Ivan Dionísio que «só se conhece a serenidade depois de vencer muitos conflitos.» Talvez por isso, alguns dos velhos que conheço são tão serenos e tratam de viver um dia de cada vez, sem querer resolver os problemas da vida todos de uma vez.

Este foi um exercício que fiz, na perspetiva de dar dignidade «a palavra «velhice» e à velhice!

Deixo aqui uma lista de palavras. Se vos apetecer fazer o mesmo exercício, partilhem comigo, está bem?

Harmonia! Prudência! Antecessora da morte! Astúcia! Juízo! Fragilidade! Privilégio! Angústia! Importante! Bênção! Doença! Vida longa! Solidão! Lugar primordial! Responsabilidade Pública! Rugas! Sabedoria! Consideração! Carga! Vítima! Decrepitude! Feiúra! Cessação! Melancolia! Conflito! Ridícula! Violência! Miséria!



Moldura reciclada

Esta moldura tem uma história! Vou contar-vos!
Certo dia, o Vitor... o meu companheiro... não gosto de o tratar assim pois os animais é que nos fazem companhia. E o Vitor faz muito mais que isso.
Vou recomeçar!
Uma vez, o Vitor... o meu namorado... também não gosto de o tratar assim pois o namoro deveria ser um tempo em que duas pessoas aproveitam para se conhecerem e definirem se querem ou não partilhar uma vida em comum. Pensando bem, o namoro é feito durante essa partilha de uma vida em comum. Por isso, de facto o Vitor é o meu namorado! Mas eu trato-o por meu marido.
De uma vez por todas, vamos ler a história desta moldura que envolve os violinos!
Foi num final de mais um dia de trabalho, no inverno, que o Vitor chegou a casa com uma moldura enorme, toda dourada, com flores em gesso e com algumas partes danificadas!
Perguntei-lhe, atónita, o que era aquilo e onde tinha ele arranjado aquela moldura velha!
Respondeu-me que ia a passar de carro e viu-a encostada a um contentor do lixo! Achou um desperdício e trouxe-a para casa!
«Isto recuperado, vai ficar giro! Já viste que ela está tão boa?»
Concordei com ele!
Depois de seis horas a lixar a moldura, com máscara na cara, por causa do pó, mais umas horitas entretida a retocar a madeira, a tratar da madeira, a pintar e a colar os acessórios, a moldura ficou com este aspeto!



Brilhantes, missangas e «pedras preciosas» :)

Adorei! Quero mais molduras velhas e antigas. Quem as tiver e não as quiser, ofereça-mas!
Só tenho pena de não ter registado a evolução com fotografias do «antes» e do «depois»! Fica para a próxima moldura!

Final de tarde

Estive ausente durante algum tempo, pois as obrigações profissionais e familiares exigiram a minha presença de uma forma intensa.
Mas eu teimo em remar contra a maré e não esquecer-me de mim e daquilo que me dá paz e que me transporta para sítios bonitos como este quadro.
O mar e tudo a que ele está associado de bom, fascina-me, encanta-me. Viver em frente ao mar, estar numa praia de areias e águas quentes, passear pela praia em qualquer altura do dia ou do ano, pintar os meus quadros numa humilde casinha frente ao mar, ter a minha pequena horta e o meu pomar nas traseiras da casa, galinhas, coelhos, patos e cavalos, andar de barco, de mota de água, fazer bodyboard... Tudo isso é tão bom! Isso é qualidade de vida, para mim, claro está!
Agora que partilhei um sonho, provavelmente igual ao de tantas pessoas, deixo aqui mais um quadro que me fez viajar, sonhar e esquecer as coisas más da vida!